Olá, Meu nome é Wellington Uriel e eu sou um discípulo de Jesus que vive cada dia tentando abandonar os seus próprios caminhos, pois estou plenamente convencido de que Ele é o "único caminho" para uma vida plena"! Disponibilizo aqui reflexões e mensagens para quem deseja o caminho da vida...

Igrejas-Comercio vs Igrejas-da-Verdade

Estamos assistindo em nosso país um tempo inédito...
Tempo de manifestações de revolta com o governo e com a situação de nosso país em praticamente todas as áreas (educação, saúde, saneamento, política, etc).
Tempo de disputa mundial em solo brasileiro, onde o futebol de todas as partes do mundo se confrontam em busca do título de campeão mundial.
Tempo de eleições, cuja escolha de cada um de nós, determinará os rumos de nosso país.
Um tempo que está nos chamando à consciência... a tomarmos decisões pensadas, não aceitar qualquer coisa como verdade...

Mas estamos vendo também um tempo de transformação na igreja...
E não podemos ficar de fora, achando que está tudo bem... não está tudo bem..
Um dos lemas da Reforma Protestante, da qual todas as igrejas protestantes surgiram, é: “Igreja Reformada, sempre reformando”.
O Pr. Ariovaldo Jr. Disse que a igreja é sempre experimental... os fundamentos são únicos, mas a prática tem que ser renovada...
E está crescendo o número de gente que não mais aceita as coisas de goela abaixo... que não engole qualquer coisa só porque quem falou tem um título de pastor, apóstolo, bispo ou líder... ou só porque está em cima de uma plataforma...
Se algum pastor, apóstolo, bispo ou líder não aceita ser confrontado, questionado, e ainda justifica sua autoridade no título que tem , esse alguém não deve ser seguido, porque esse tipo de líder não tem nada a ver com Jesus.

Atos 16.16-34

Sem que fossem julgados, Paulo e Silas foram arbitrariamente presos como se fossem inimigos públicos número um dos cidadãos filipenses. Seu crime: libertar uma jovem possessa por um espírito de adivinhação, fonte de enorme lucro para os seus senhores.

Apesar de endemoninhada, ela não estrebuchava, espumava ou fazia qualquer coisa semelhante às cenas do filme “O exorcista”. Ela apenas adivinhava coisas. Todos diziam que aquilo era um dom. Logo surgiram os espertalhões querendo se beneficiar do tal “dom”.

Foram vários dias sendo seguidos por ela e ouvindo dos seus lábios: “Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo” (At.16:17). Não duvido que isso tenha atraído a atenção de muita gente, aumentando consideravelmente o número dos que demonstravam interesse pelo o que Paulo e Silas pregavam.

Que pregador de nossos dias se incomodaria com uma propaganda gratuita como esta? Porém, Paulo sentiu-se perturbado.
A ética do evangelho não permite que seus portadores se atrevam a tirar vantagem de quem quer que seja, ainda que para o bem da causa.
Se Paulo aceitasse aquilo, ele estaria agindo exatamente como os homens que se aproveitavam daquela menina.

O que ela dizia acerca deles era incontestavelmente verdadeiro. Eles anunciavam o caminho da salvação e eram servos do Deus Altíssimo.
Isso era tão verdadeiro quanto o que o diabo dissera a Jesus no deserto ao citar passagens bíblicas. Porém, Jesus sabia que não importava apenas a veracidade do que era dito, mas também a fonte de onde aquilo jorrava. Por isso, Ele responde ao tentador: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mt.4:4).

Verdade dita com a intenção de enganar nada mais é do que mentira.

Paulo não está preocupado com os resultados positivos daquela propaganda, e sim com o estado deplorável daquela alma explorada.

Pergunto-me se a igreja de hoje não estaria sendo condescendente com o erro na medida em que se aproveita dele para se enriquecer.
Permita-me um exemplo: seria ético usar elementos de outros cultos para atrair pessoas à fé cristã? Desde quando Deus precisa de estratégias enganosas para conduzir pessoas à verdade? Os meios justificam os fins? Vale tudo para encher a igreja? É correto entrevistar pessoas possessas em nossos púlpitos? E manter as pessoas presas em suas superstições? Já ouvi de casos de pastores que ameaçam as pessoas dizendo que se deixarem suas igrejas serão vítimas dos mesmos espíritos de que foram libertas. Não vejo Jesus ou Seus apóstolos usando de tais artifícios vergonhosos para manter alguém preso a eles.

Se Jesus lançasse mão de tais artifícios, Ele diria ao gadareno de quem expulsou uma legião de demônios: Para ficar totalmente liberto, terá que fazer uma corrente de pelo menos mil dias. Em vez disso, mesmo insistindo para segui-Lo, Jesus o dissuadiu, dizendo: “Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como teve misericórdia de ti” (Mc. 5:19).

Olha o que Paulo diz para o carcereiro no vers. 31: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa”(v.31).

Só isso? Não há sacrifícios financeiros a serem feitos? Sem barganhas? Sem lugares sagrados para frequentar? Basta crer? Tem certeza disso? Então, por que a gente complica? Por que vergonhosamente burocratizamos o reino de Deus?

Já ouvi de alguns que se Jesus é o caminho, alguns ministérios são o pedágio. Triste realidade. Se Paulo e Silas dessem qualquer outra resposta, eles se assemelhariam aos que lucravam em cima daquela jovem a quem haviam libertado.

Quantos são tidos por reféns dos sistemas eclesiásticos em nossos dias? Até que ponto isso não tem comprometido o seu testemunho diante de sua família? Não há tempo e espaço pra pessoa se relacionar e mostrar o que Jesus fez em sua vida... o que vemos é que muitos de nós somos apenas adestrados pela igreja e não transformados. Mudamos nosso linguajar, nossas roupas, nossas preferencias, nossos costumes, nossas músicas... mas no fundo continuamos os mesmos... no ambiente da “igreja” vestimos a roupa, o estilo, o linguajar do momento e fora desses ambientes religiosos nos mostramos os animais que sempre fomos.
Precisamos de novo nascimento e não novos costumes...
Precisamos de nova vida dentro de nós e não de uma cultura evangélica, onde só temos musicas gospel, políticos crentes, empresas de crentes, e o máximo, um presidente evangélico...
Precisamos de conversão e consciência... conversão que muda nossa natureza e consciência que nos faz crescer à imagem e semelhança de Cristo.

A verdade é que não há interesse de que as pessoas sejam realmente libertas. Isso não produz resultados para o ministério, para a denominação. Em vez disso, prefere-se mantê-las sequestradas por suas superstições.

A genuína libertação não se dá meramente através de orações e exorcismos, mas pela exposição da verdade. “Conhecereis a verdade”, garantiu Jesus, “e a verdade vos libertará”. Se houvesse interesse na libertação das pessoas, a Bíblia seria aberta e Jesus seria revelado pela exposição da Palavra de Deus, em vez de usá-la para perpetuar a imaturidade e a dependência dos chefes da igreja.
Muitos de nós frequentamos a igreja por anos e sequer conhecemos o básico do Evangelho. Seguimos alimentando nossas crendices, dependendo de amuletos, e enchendo os cofres desta indústria faminta por mais dinheiro.

Réplicas da Arca da Aliança, cajados de Moisés, óleo supostamente vindo de Israel, água benta, e mais um elenco infindável de objetos são usados para atrair as multidões.
Sem dúvida é o caminho mais eficaz para encher-se uma igreja da noite para o dia. Já ouvi de alguns pastores o comentário sarcástico: O povo gosta!

Bastou que Moisés se ausentasse por quarenta dias para que Arão cedesse à pressão popular e aceitasse erigir um ídolo, um bezerro de ouro para que o povo o cultuasse. Mas quando ninguém esperava, Moisés voltou e acabou com aquela bagunça.

Quero lembra-los nessa noite a recomendação de Pedro: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas espontaneamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pe. 5:2-3). Nosso dever, como pastores e guias do povo de Deus, é velar pelas almas como quem há de dar conta delas (Hb.13:17).

Quero encorajar você jovem a exigir de seus líderes a centralidade da Cruz de Cristo na igreja. Exigir que ele se encha do evangelho e não de estratégias para encher a igreja... Exigir que eles te ajudem a crescer no conhecimento de Cristo Jesus...
Olha o que Paulo nos diz em Efésios 4.11-16:
“E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo;
Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, Do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.”

Exija que eles não cedam à pressão de quem quer que seja. Siga fiel. Pregue a verdade. Não negocie princípios. Não se espelhe nos bem sucedidos empresários da fé. Ainda que tenhamos muitos referenciais, Cristo é o nosso padrão.