
UM DIA DE ENTREGA ALEGRE E VOLUNTÁRIA!
1 Crônicas 29:5-10
Davi conclamou o povo a trazer suas
ofertas a Deus.O povo atendeu e trouxe ofertas de coração voluntário. E o povo se alegrou das ofertas voluntárias que estes fizeram, pois com sincero
coração as haviam oferecido ao Senhor.
E também o rei Davi teve grande alegria com tudo o que viu.
Então, Davi bendisse ao Senhor na presença de toda a congregação, dizendo:
Bendito és tu, ó Senhor, Deus de nossos pais, de eternidade em eternidade.
Tua é, ó Senhor, a grandeza, e o poder, e a glória, e a vitória, e a majestade,
porque teu é tudo quanto há no céu e na terra!
Teu é, ó Senhor, o reino, e tu te exaltaste como chefe sobre todos!
Tanto riquezas como honra vêm de ti, tu dominas sobre tudo, e na tua mão há
força e poder; na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo.
Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos, e louvamos o teu glorioso nome.
Mas quem sou eu, e quem é o meu povo, para que pudéssemos fazer ofertas tão
voluntariamente?
Porque tudo vem de ti, e do que é teu to damos!
Nós somos apenas estrangeiros diante de ti e somos peregrinos na terra, como o
foram todos os nossos pais.
Somos como a sombra, e nossos dias na terra não têm permanência.
Ó Senhor, Deus nosso, toda esta abundância, que a Ti trouxemos é para te
edificar uma casa de orações ao Teu Santo Nome.
Sim, essa riqueza vem da tua mão, e é toda tua!
E bem sei, Deus meu, que tu sondas o coração, e que te agradas da sinceridade.
Na sinceridade de meu coração voluntariamente ofereci todas estas coisas; e
agora vi com alegria que o teu povo, que se acha aqui, ofereceu também
voluntariamente.
Ó Senhor, Deus de nossos pais Abraão, Isaque e Israel, conserva para sempre no
coração do teu povo estas disposições e estes pensamentos, e encaminha o seu
coração para junto de Ti.
Então disse Davi a toda a congregação que o assistia e que ouvia a sua oração
diante de Deus:
Bendizei ao Senhor vosso Deus!
Então, toda a congregação bendisse ao Senhor Deus de seus pais, e inclinaram-se
e prostraram-se perante a Senhor.
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Agora compare esse dia de ofertas na presença de Deus e veja se aquilo que,
entre nós, se trás como oferta a Deus no culto, tem qualquer relação com a
ênfase de Davi na voluntariedade do ofertar.
Três mil anos passaram.
Davi dormiu com seus pais.
O Filho de Davi veio nos visitar.
Dormiu o sono da morte e levantou-se ao terceiro dia.
E, agora, três mil anos depois de Davi, e dois mil anos depois de Jesus, o que
se ouve é apenas equivalente às orações que faziam os jebuseus, os heveus, os
girgazeus, os filisteus, os amonitas, os caldeus, os etíopes e todas as tribos
que, em medo e pavor, faziam barganhas com seus deuses, e, entrando em
negociação com eles, propunham-lhes negócios.
Meus amados irmãos, precisamos acordar!
Deus vê o coração!
O dízimo ou a oferta faz parte da
graça, e se faz parte da graça ,tem que ser dado com amor, e não por interesse
ou esperando algo em troca.
Se for obrigação, não é Graça; é Lei.
Se alguém precisa de Lei para contribuir; então, não tem gratidão.
E sem gratidão, não há devoção; há obrigação.
E obrigação não gera culto; gera barganha, negócios entre Deus e nós.
Onde estão aqueles que são
constrangidos a ofertar pelo amor de Cristo e não pelo poder do medo?
A maioria das pessoas contribui ainda
com medo de Deus. Ou então o faz dando exatamente o dízimo. Porque Malaquias
chama de ladrão aquele que não contribui, então resolve quitar seu carnê do
Reino (Ml. 3: 8 e 9). Todavia, essas pessoas fazem isso com o mesmo sentido de
obrigatoriedade com o qual pagam a conta de luz, a água ou seu aluguel. Não são
movidos no coração pelo temor do Senhor.
Não se sentem comovidos pela graça. Não percebem que é um grande privilégio meter
a mão no bolso para dar a santa causa do Evangelho.
Você deseja a graça de contribuir?
Quem apenas dá o dízimo ou se deixa
motivar a contribuir pelos mesmos sentimentos daqueles que liquidam uma conta
para não terem o nome no S.P.C., ainda não passou da Velha Aliança para a Nova,
ainda não pensa como um filho da graça, discípulo de Jesus, mas raciocina como
um legalista judeu.
O Novo Testamento vai além do Velho
Testamento também na questão do dar. Em Cristo, o dízimo não é a mensalidade
dos crentes na sociedade religiosa da igreja ou filantropia no clube da fé. No
novo testamento, o dízimo pode ser interpretado no máximo como uma quantia de
referência mínima para estabelecer o piso de nossas contribuições, entendidas
não como cobrança, mas como graça, como privilégio.
Gálatas 6:6: O que está sendo
instruído na palavra partilhe todas as coisas boas com quem o instrui.
Se você está sendo abençoado por seus
líderes e por sua igreja, e você não oferta com gratidão e liberalidade, então
você precisa avaliar seu coração e pedir a Deus que te perdoe pela indiferença
que se instalou no seu ser.
É verdade que à Luz da Palavra de
Cristo e dos apóstolos não dá para cobrar ofertas como sendo um “investimento
na bolsa de valores espiritual” e dízimos como o “imposto do Reino de Deus”,
como os pregadores da prosperidade afirmam.
Paulo diz que contribuir faz parte do
culto, do sacerdócio universal de todos nós, e também gera muitas graças a
Deus. Ou seja: o ato de contribuir é litúrgico, não “mundano”, no sentido
pejorativo do termo.
Portanto, o dinheiro que sendo amado é
a raiz de todos os males, em Cristo é convertido em raiz de benção através da
doação, da Graça, e do amor. Ou seja: o dinheiro deixa de ser o que se “ganha” para
se “ter” e passa a ser o que se “ganha” para se “dar”; o discípulo de Jesus
ganha dinheiro, mas sua mentalidade não é “ganhar dinheiro para ganhar mais
dinheiro”, pelo contrário é “ganhar dinheiro para doar mais dinheiro”.
Se não
veja esse texto “O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo algo de
útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem estiver em
necessidade.” Efésios 4:28.
Você já observou que quase todos dão o
dízimo apenas com medo de receberem “retaliações” de Deus no bolso? Essa
ignorância tem que dar lugar à consciência que oferta e dizima em gratidão e
amor a Deus.
A oferta tem que deixar de ser
“investimento na bolsa de valores espiritual” e passar a ser “investimento em
pessoas”. O dízimo tem que deixar de ser “imposto do Reino” e passar a ser “o
meu referencial mínimo de generosidade”.
No espírito de Jesus não existe
imposição de lei escrita, mas existe constrangimento pelo amor de Deus
derramado no coração, e esse amor se torna lei dentro de mim de tal maneira que
não consigo ficar sem dizimar e ofertar, afinal de contas, sou filho da graça,
e dou em dízimos e ofertas a minha gratidão pelo que Deus me dá todo dia.
Se não ofertamos ou dizimamos assim,
nesse espírito de gratidão, generosidade e liberalidade, nós tratamos Deus como
se Ele fosse um deus sedento por tesouros e oferendas, como as divindades da
Umbanda e das religiões terrenas, que exigem dinheiro em seus rituais.
Dois textos para refletir:
2 Coríntios 8:1-5: Agora, irmãos,
queremos que vocês tomem conhecimento da graça que Deus concedeu às igrejas da
Macedônia. No meio da mais severa tribulação, a grande alegria e a extrema
pobreza deles transbordaram em rica generosidade. Pois dou testemunho de que eles
deram tudo quanto podiam, e até além do que podiam. Por iniciativa própria eles
nos suplicaram insistentemente o privilégio de participar da assistência aos
santos. E não somente fizeram o que esperávamos, mas entregaram-se
primeiramente a si mesmos ao Senhor e, depois, a nós, pela vontade de Deus.
Quantos querem essa graça? Você a
quer? Você deseja a bênção de contribuir? De devolver o que é de Deus na
direção da causa de Deus?
2 Coríntios 8:7-8: “...assim como
vocês se destacam em tudo: na fé, na palavra, no conhecimento, na dedicação
completa e no amor que vocês têm por nós, destaquem-se também neste privilégio
de contribuir. Não lhes estou dando uma ordem, mas quero verificar a sinceridade
do amor de vocês, comparando-o com a dedicação dos outros.”
Solo Christus
(a Reforma protestante propôs 5 pilares: escritura, graça, fé, cristo e Glória a Deus. Eu creio que hoje não precisamos de 5 pilares, precisamos apenas de 1 que é a pedra de esquina, onde todos os outros pilares se tornam sujeitos a Ele. Afinal sem Cristo não há escritura, pois ela existe para testemunhar dEle. Sem Cristo não há graça, pois ele é quem nos salva pela graça e nos enche de graça. Sem Cristo não há fé, pois somos salvos pela fé em Cristo. E, por fim, sem Cristo não há glória a Deus, pois é Ele quem nos revela Deus e nos leva até ele.)
Parte deste texto foi escrito por mim e parte dele é baseado em vários textos de outros autores que foram adaptados por mim, dentre eles estão Ed René Kivitz, Caio Fábio e Ariovaldo Ramos.
concordo com você e podemos resumir este assunto dizendo: "o dizimo é parte de todo culto racional e grato. Sua base, todavia, não é a Lei, mas sim a Lei da Graça, da gratidão, da alegria, do reconhecimento do amor e da providencia, do desejo de contribuir para ajudar outros, e, sobretudo, como manifestação de culto a Deus, no qual a alegria grata oferece como culto aquilo que é um “deus” na terra: o dinheiro!"
O cristão que tem conciencia do evangelho e vive no espirito da graça o minimo que ele faz é ser dizimista!